O horizonte se descortina

Dia 01 – Apreensões, ansiedades e medos: por ora vencidos. Preparei a motoca (Mochileira), ajustei os últimos trâmites com uma correria de horas finais e parti de Caxias do Sul na segunda-feira – 07/01/19 – em direção ao primeiro destino: Rio Grande, praia do Cassino, litoral sul do estado do Rio Grande do Sul.

Como a pequena máquina se sairia? Essa questão também me era recorrente. Com um trecho beirando 450 km e a saída demasiado tardia, colhi boas estradas, de verdes infinitos ladeando as pistas e um anoitecer vagaroso próximo de Pelotas. As primeiras quilometragens foram postas com serenidade e sem maiores apertos.

De pés pela maior praia do mundo

Moído pelo destino longínquo e estreante, fui recebido nos últimos minutos do dia pelo entusiasmante Felipe, meu primeiro Couchsurfing (sofá amigo) na estrada. Engenheiro, professor, poeta e viajante, os aprendizados quanto às lidas estradeiras foram imediatos. Ademais, seguem com firmeza, nas boas vibrações e receptividade desse anfitrião atletista, mago das cozinhas e gente mais que finíssima.

Com ótimas expectativas, segui nos preparos para cruzar minha primeira fronteira: o Uruguai. Enquanto absorvia informações com o Felipe, antigo andante das bandas orientais, dei uns pulos no Atlântico e conheci as ruas desse estimado litoral da praia do Cassino, tão conhecida faixa de areia, que estendidas até o Chuí formam a maior praia do mundo.

“América Latina é um bairro e, Rio da Prata, eu vou te encontrar”. (Rudinei Picinini)